sexta-feira, 13 de abril de 2018

Violência no Cotidiano

Os textos a seguir foram produzidos pelos alunos do 4º Ano 01 e 02 - Anos Iniciais - Professora Gisele Peixe Eduardo com temática VIOLÊNCIA.
Confira o que os pequenos pensam a respeito do assunto:








Dia da Família na Escola

Dia 07/04/2018

 



No ginásio de esportes da escola aconteceram jogos de futebol e ping–pong, sendo estas atividades desenvolvidas pelos professores do Ensino Fundamental Final e Médio.
 

A atração principal foi a exposição de coleções: discos de vinil, medalhas, miniaturas de carrinhos, legos, cartões telefônicos, livros de um único autor, bolinhas de Pokemon, pedrinhas e cartas de games, entre outros.
 

 

Também teve o concurso da foto da família participando do evento que foi divulgada na facebook da escola com direito a premiação.
Foto Vencedora




Depois de todas estas atividades, após as 19h00, foi servido um delicioso carreteiro onde pais, filhos, professores e comunidade em geral puderam confraternizar-se.
A escola agradece imensamente a participação de toda a comunidade escolar ao evento que foi um sucesso! Parabéns a todos os envolvidos: alunos, pais, professores, equipe pedagógica/administrativa, equipe de apoio (serventes) e principalmente as famílias.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

PROJETO “AFRICANIDADE’ - 2017


EEB MARCOS KONDER
ALUNOS DO 1° ANO DO ENSINO MÉDIO
    

 PROJETO “AFRICANIDADE’

       
   
                                                                        ILHOTA 2017
                                                             EEB MARCOS KONDER
                                                                           FILOSOFIA

Professora: Marizeth Aparecida Deleão Chocho

SUMÁRIO
1-      Introdução--------------------------------------------------------------------------------
2-      Identificação do proponente----------------------------------------------------------
3-      Identificação Escolar-------------------------------------------------------------------
4-      Equipes do projeto----------------------------------------------------------------------
4.4- Públicos alvo-----------------------------------------------------------------------------
5- Justificativa---------------------------------------------------------------------------------
6-objetivos--------------------------------------------------------------------------------------
7-Contextos do projeto-----------------------------------------------------------------------
7.1-Área do conhecimento-------------------------------------------------------------------
7.2-Contexto de Filosofia--------------------------------------------------------------------
7.2.1- Filosofia e Africanidade--------------------------------------------------------------
7.2.2- Há uma filosofia africana?-----------------------------------------------------------
7.2.3-Ubuntu e Força Vital-------------------------------------------------------------------
7.3- Contextos pesquisados pelos alunos---------------------------------------------------
7.3.1- Utensílios domésticos-------------------------------------------------------------------
7.3.2- Trajes Africanos-------------------------------------------------------------------------
7.3.3- Culinárias Africanas--------------------------------------------------------------------
7.3.1- História da Culinária-------------------------------------------------------------------
7.3.2- Comidas Típicas-------------------------------------------------------------------------
7.3.4- Instrumentos musicais-----------------------------------------------------------------
7.3.5- Religiões de matriz Africanas---------------------------------------------------------
7.3.6-História das Religiões Africanas no Brasil------------------------------------------
7.4-10 Fotografias Raras dos Escravos no Brasil-----------------------------------------
8- Metodologia------------------------------------------------------------------------------------
9-Cronograma-------------------------------------------------------------------------------------
10- Atividades--------------------------------------------------------------------------------------
11- Avaliação---------------------------------------------------------------------------------------
12-Anexos-------------------------------------------------------------------------------------------
13- Resultados--------------------------------------------------------------------------------------
14- Bibliografia-------------------------------------------------------------------------------------

 1-                 INTRODUÇÃO
            O presente projeto tem como objetivo uma educação voltada para consciência da importância do negro para a constituição e identidade da nação brasileira do respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o É instituído o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorada, anualmente, no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares.
10 de Nov de 2011

          A influência africana no processo de formação da cultura afro-brasileira começou a ser
delineada a partir do tráfico negreiro. Quando milhões africanos "deixaram" forçadamente o
continente africano e despontaram no Brasil para exercer o trabalho compulsório.
          O dia 20 de novembro no Brasil representa um importante momento da história para grande parte da população, que é representada por negros e pardos. A data lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares, que lutou pela libertação dos negros escravizados durante o período colonial no País.
          Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
          O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
         O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares viviam em engenhos e senzalas, plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas.
          Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados.
          A capital era Macaco, na Serra da Barriga. Um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”. O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão.
          O dia 20 de novembro no Brasil é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Esse dia foi escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Em meio à diversidade de valores e culturas a que estamos inseridos, faz se necessários rever nossas ações, atitudes de respeito diante dos afros descendentes. Percebe-se a necessidade de proporcionar debates, reflexões e conhecimento da cultura afro-brasileira.

 2 -IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

Título: Africanidade
 Idealizadora do Projeto: Marizeth Aparecida Deleão Chôcho.
 Área: Ciências Humanas.
Disciplina: filosofia
 Cidade de Realização do Projeto: Ilhota - UF - Santa Catarina
Data de Realização: 01/11/17 à 20/11/17

3 - IDENTIFICAÇÕES DO PROPONENTE

Entidade: EEB Marcos Konder
 CNPJ: 83500132/0001-00
 Endereço: R Almirante Tamandaré, 64 - Centro
 Cidade: Ilhota UF: Santa Catarina  CEP:
 Telefone: (47) 33788278 - E-mail: eebmarcoskonder@sed.sc.gov.b

4- EQUIPES DO PROJETO


4.1- Responsáveis pela execução do projeto:
Alunos do 1° Anos - Ensino Médio  : (102 e 103 ). EEB. Marcos Konder

4.2- Idealizadora do projeto:
Professora: Marizeth Aparecida Deleão Chocho – Filosofia

4.3- Equipe Gestora:
Professora Viviane dos Santos – Diretora

Professora: Ereni Radeck – Assessora

Professor: Vitório Augusto Ferreira – Assessor

Professora: Elisabeth Maria Schramm – ATP

Professor: Samuel Lourenço – ATP


Professora: Maria de Fátima de Oliveira – ATP

  4.4- Públicos Alvo
  
1- Alunos do 1°/5° anos iniciais da EEB Marcos Konder;
2- Alunos do 6°/9° anos do Ensino Fundamental da EEB Marcos Konder;
3- Alunos do 1°/3° anos do Ensino Médio da EEB Marcos Konder.
4- Corpo docente e Comunidade Ilhotense.
5- Corpos Docentes e discentes da EEB Honório Miranda

      5-JUSTIFICATIVA

O Navio Negreiro 
“’Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
– Constelações do líquido tesouro…
‘Stamos em pleno mar… Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes…
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?…
‘Stamos em pleno mar.. . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas…
Era um sonho dantesco… o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais…
Se o velho arqueja se no chão resvala,
Ouvem-se gritos… o chicote estala.
E voam mais e mais…
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! Meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa… chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança…
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
            (Castro Alves, 1880)
          Castro Alves foi um Poeta social, lírico, patriótico, foi um dos primeiros abolicionistas e, ao poetar sobre a escravidão, inflamava-se eloqüentemente, chegando a elevar-se pela sua ousadia, pelas idéias do infinito da imaginação, símbolo das lutas pela justiça e pela libertação.
          Nas últimas décadas, a historiografia vem apresentando uma série de novos trabalhos que procuraram renovar a percepção sobre a escravidão negra e nossa sociedade ao longo da história.  A forma de enxergar a participação do escravo nas ações e práticas cotidianas também foi repensada.
          Ao iniciarmos nossos estudos vamos trabalhar com uma matéria prima fascinante e delicada.  A história de um continente diverso no qual existem povos, sociedades, pessoas que produziram saberes, tecnologias, idéias e produtos culturais.
Vamos reviver nossa formação cultural, a memória de nossos ancestrais africanos e suas heranças.

Segundo o “professor Leandro Carvalho Mestre em História:
O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil.”
                                                                                  (Canal da Educação: LEI 10.639/0)

          A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. A instituição escolar deve ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
A intenção de promover a discussão com a comunidade escolar, valorizar a cultura negra e contribuir para a diminuição da discriminação. “As pessoas deveriam se conscientizar de que todos são iguais, ainda há muito preconceito, mas é preciso enfrentá-lo”,

6- OBJETIVOS

 Gerais:
             Valorizar a cultura afro-brasileira, respeitando a identidade cultural brasileira, refletindo sobre a diversidade étnico-cultural, presente nas crenças, costumes, história e organização social, desmistificando o preconceito relativo aos costumes religiosos, ritos e rituais provindos da cultura africana. Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.

Específicos:
Ø   Destacar as diferentes formas de racismo e discriminação através do resgate da memória cultural do povo negro;
Ø   Estimular o respeito aos direitos humanos e a exclusão de qualquer tipo de discriminação.
Ø  Promover uma educação ética, voltada para o respeito e convívio harmônico com a diversidade.
Ø  Reafirmar a constante presença africana dos nossos ancestrais presentes em nossa literatura música, culinária, na forma de pensar, oralidade e crenças.
Ø  Abordar sobre tipos de vestimentas e acessórios usados antigamente e nos dias atuais, assim apresentando sua cultura.


7- CONTEXTOS DO PROJETO

  
7.1- Eixos ou Área do Conhecimento a serem trabalhadas:

        Ciências Humanas: Africanidade

7.2 - Contexto de Filosofia:

                               1-     Filosofia e Africanidade
          Uma das questões mais controversas sobre o estudo das filosofias africanas consiste na possibilidade de existir uma “filosofia africana”. O norte da África recebeu desde cedo influência da filosofia grega, devido, como à fundação da cidade Cirene, na região onde hoje é a Líbia.
          O pensamento da Grécia antiga influenciou na cultura do Egito antigo e também no norte da África. Importantes filósofos contemporâneos como Albert Camus e Jacques Derriba, nasceu na Argélia, outros filósofos islâmicos, ”mouro”, povo originário do norte da África.
A África Subsaariana desenvolveu um intercâmbio filosófico com os pensadores europeus. Somente a partir do século XVI, com a expansão marítima, o empreendimento colonial  de algumas nações européias,colocando os povos africanos como escravos,inferiores e atrasados.
           Anton Wilhelm Amo (c.1703-c.1759), nascido na região ,hoje ocupada por Gana,foi levado como escravo,estudou na Alemanha,seu pensamento filosófico só foi aceito, com preconceito,porque ele dialogava diretamente  com autores europeus,mas,não falava do seu legado cultural africano e seu pensamento.
          A existência e o caráter de uma filosofia africana surgiram no século XX, com o processo de descolonização africana. Predominantemente a maioria da população negra, o campo da filosofia africana se desenvolveu relacionado a movimentos como:
          Diáspora Negra: reconhecimento de uma identidade social comum a descendentes de africanos, a maioria levados à força tanto para o continente americano ou para o oriente Médio como escravos.
          Negritude: movimento literário de valorização da cultura negra em países africanos, com passado da opressão colonialista que abrigaram os escravos.
          Pan-africanismo: movimento político, filosófico e social de união dos povos africanos e afrodescendentes que vivem fora da África.
          Qual a importância de cada tema com a filosofia africana?
          Dizem respeito a realizações culturais de afrodescendentes dentro e fora do continente africano.

2-Há uma Filosofia africana?

          O debate sobre a possibilidade de uma filosofia africana se desenvolveu graças aos movimentos de independência de várias nações africanas. Durante a colonização, as potências européias impunham uma ideologia de pertencimento a cidade que estavam, embora não fossem considerados membros de um império colonial,eram considerados cidadãos de “segunda classe”.
          A colonização alterou o modo de vida das populações da África subsaariana por três motivos:
          1º- O colonizador, que trouxe o conceito de africano, que não existia. Os povos africanos se identificavam como pertencentes a diferentes sociedades, grupos tribais ou reinos;
          2°- O despovoamento da África com o envio de grandes contingentes populacionais para o trabalho escravo, nas colônias européias.
          3º- O colonizador impôs uma identidade artificial, não sabendo reconhecer após a independência das ex-colônias, ao africano restou apenas o estereótipo de “primitivo”.
          A etnofilosofia foi uma das principais e primeiras correntes filosofia africana no século XX. o pensamento africano  marca sua especificidade em relação ao europeu, dialogando com sabedoria popular,provérbios,contos,lições entre outros ,principalmente com a sabedoria tribais.O empreendimento etnofilosófico esbarrava no fato de que as sociedades tribais,possuíam uma sabedoria popular,pois,eram desprovidos do conhecimento ,não possuíam a escrita.a etnofilosofia era criticada também por ser uma filosofia com um saber tão diferente,pois, era expressa pela sagacidade filosófica ou sabedoria filosófica .
          Enquanto a etnofilosofia se preocupa com a linguagem em uma percepção de um mundo parecido aos discursos filosóficos, a escola da sagacidade filosófica busca identificar os indivíduos como representantes de sua cultura e com visão do mundo africano.
“Segundo o filósofo queniano Henry Odera Oruka (1944-1995):”
Em qualquer cultura, as celebradas realizações do pensamento consistem nas ideias de seus sábios, cientistas, poetas, profetas, filósofos, estadistas e moralistas.
          No continente africano, certas mentes recentemente aparecem e parecem permanecer símbolos de luzes intelectuais da cultura africana moderna como: Nkrumah, Nyerere e Senghor deram formas e expressões especiais à cultura moderna, ainda como uma cultura política, como no campo da literatura e da erudição.
          Filosofia africana também é conhecida como filosofia profissional, com base no modelo europeu, usa conceitos e as formas de análise da Filosofia européia para refletir sobre diversos aspectos da realidade.
          De “acordo com o filósofo Kwasi wiredu (1931):” Para o povo Akan a noção de verdade tem uma conotação mais moral que cognitiva e recorre à filosofia analítica  de Bertrand Russell.Em vez de explorar mitos e crenças ou mesmo discursos de africanos notáveis.A filosofia profissional é um modelo ocidental tradicional de reflexão filosófica sobre temas africanos.
          Filosofia ideológica nacionalista: representada por pensadores que buscam construir uma ideologia de emancipação africana, conforme sua realidade social, política.


3-Ubuntu e força vital

          Milhares de grupos tribais da África Subsaariana, cada um com sua língua, seus valores    e seu modo  de compreender o mundo.
          Ubuntu termo usado em algumas línguas banto significa designar a relação entre o individuo e a comunidade.
          A palavra bantu é um tronco lingüístico que engloba diversas línguas africanas. O uso da palavra ( ntu se refere ao ser humano,  força que se espalha pelo universo e que permeia pessoas,animais, plantas e objetos ),pertence a certos grupos étnicos que habitam o centro e o sul do continente africano.
          O Ubuntu é relacionado diretamente à existência humana, noção de indissociabilidade entre sujeito e comunidade. O ser humano é um ser com os outros e um ser para os outros.        
          Ubuntu pertencimento a uma comunidade, fator de identidades sociais africanas após a negação da identificação com as nacionalidades européias no processo de descolonização da África.
          Para definir a palavra Ubuntu, o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976), remete uma visão de mundo, a noção de que o ser humano só se torna pessoa por meio de outra pessoa, o que implica o conceito de ancestralidade.
          Ancestralidade  não se confunde com parentesco,é um elemento fundamental da identidade afrodescendente no Brasil para o ensino dessa cultura. É o princípio que organiza o Candomblé
          Filósofos e suas definições na língua banto:
          Placides Temples (1906-1977), conceito de força seria um correlato da noção de ser na filosofia européia.
          Alexis Kagame (19012- 1981) associa a raiz unt a quatro categorias fundamentais do pensamento banto:
           - muntu: ser dotado de inteligência;
           2º- kintu: ser não inteligente;
           3º- hantu: usado para o espaço tempo;
           4º- kuntu: modalidade, ou seja, relacionada às concepções religiosas africanas.

 7.3- Contextos dos Trabalhos realizados pelos Alunos:
  
  7.3.1- UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS USADOS PELOS ESCRAVOS
    Aluna: Thais Gracieli Lopes


          Na cozinha, os utensílios, como pilão, tinham para os negros e indígenas uma importância que o português desapercebeu, mediante outras maneiras de esmagamento, no almofariz ou gral. O café pilado jamais poderia comparar-se ao café moído à máquina, na opinião popular, saudosa do pilamento insubstituível. A paçoca exigia o pilão, sob pena de não ser paçoca. Na África, os esparregados (guisados) de plantas cruas eram feitos no pilão. No Brasil, o milho era seu freguês clássico. A massa ou xerém para o cuscuz, a canjica, o bolo de milho, eram batidos os grãos, para “tirar o olho”, no pilão. As louças eram feitas de barro, que desde o início da colonização fabricavam-se em casa. Cada engenho tinha um forno de tijolos, nos quais se coziam boas louças. Nas casas abastadas do século XVIII, porcelanas da Índia chegavam com certa freqüência, desde o início da colonização, na bagagem dos mais providos, sendo completadas, em épocas posteriores, com as baixelas inglesas de prata. Os tachos ou tachas, como grafaram alguns cronistas da época colonial, eram de cobre e vinham importados da Metrópole, para utilização nas engenhocas, nos trabalhos de preparação do açúcar ou da rapadura, onde, geralmente eram as negras incumbidas desse serviço
          O português desapercebeu, mediante outras maneiras de esmagamento, no almofariz ou gral. O café pilado jamais poderia comparar-se ao café moído à máquina, na opinião popular, saudosa do pilamento insubstituível. A paçoca exigia o pilão, sob pena de não ser paçoca. Na África, os esparregados (guisados) de plantas cruas eram feitos no pilão. No Brasil, o milho era seu freguês clássico. A massa ou xerém para o cuscuz, a canjica, o bolo de milho, eram batidos os grãos, para “tirar o olho”, no pilão. As louças eram feitas de barro, que desde o início da colonização fabricavam-se em casa.
          Cada engenho tinha um forno de tijolos, nos quais se coziam boas louças. Nas casas abastadas do século XVIII, porcelanas da Índia chegavam com certa freqüência, desde o início da colonização, na bagagem dos mais providos, sendo completadas, em épocas posteriores, com as baixelas inglesas de prata. Os tachos ou tachas, como grafaram alguns cronistas da época colonial, eram de cobre e vinham importados da Metrópole, para utilização nas engenhocas, nos trabalhos de preparação do açúcar ou da rapadura, onde, geralmente eram as negras incumbidas desse serviço. Na fileira de cima: vasilhames de madeira: Medida para grãos; Gamela ou bacia para diferentes fins, principalmente para ensaboar roupa branca fina, nas casas ricas é substituída por uma de cobre amarelo; Medida para grãos com cabo; Gamela, banheira, em geral é pintada a óleo internamente, nas casas ricas é uma banheira de zinco fixada sobre tábua com rodinhas; Pote redondo de cabo alongado, chamado quartilho, comparado ao litro francês, serve para medir vinho e aguardente, sempre sobre o balcão de vendeiro; Cocho utilizado nas usinas de açúcar para recolher o caldo de cana. Na fileira do meio: potes de barro para água: potes de uso comum que remontam a 1500, em muitos casos, o estilo do antigo Egito, bem como o mouresco importado pelos espanhóis, que durante muito tempo dominaram os portugueses. Estes herdaram seus costumes e seu gosto no Brasil.
           As panelas menores são  de estilo indígena. Na fileira de baixo podemos destacar os vasos de barro que servem para beber água diretamente neles, têm a vantagem de conservar sempre fresca a água, chamados moringas; potes comuns de uso generalizados; potes formados por uma metade de coco ou cabaça, de origem indígena e conhecida por cuias, as mesmas com ornamentos destacados, denominam-se xícaras; A taça do centro é formada por uma metade de coco, pintada internamente e encaixada num contorno de prata preso a uma alça, também de prata, guarnecida de espirais, no meio das quais se encontram caules em filigranas, cuja elasticidade dá às flores e pássaros que sustentam um ligeiro movimento.       Essas taças são fabricadas por ourives indígenas, nas províncias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, razão pela qual nas casas ricas dessa parte do Brasil se encontram sempre mesas guarnecidas por elas. E, as pequenas bombas para tomar chá indígena (erva mate?). No Brasil, do mesmo modo que no Chile, a infusão do chá indígena se faz na mesma xícara em que é servido, acrescenta-se uma pequena bomba, crivada de furos na base, para aspirar à água aromatizada, livre dos pedacinhos de folhas (provavelmente precursor da cuia de chimarrão).

Bacia de prata - meados do século XIX Museu de Arte Sacra – São Paulo

  
Farinheira de prata decorada, que trazia alimento à mesa, quase sempre, era comida com a mão. (Século XVIII-XIX) Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo - São Paulo.


Tigela de duas asas, louça de origem francesa - Século XIX - Museu de Arte Sacra - São Paulo.
           Muitas cozinhas permaneceram, até meados do século XX, como apêndices da casa, um puxado coberta por telhas, voltada mais para o quintal do que propriamente para o interior da residência. Era um lugar quente, enfumaçado, engordurado pela carne-seca, pela lingüiça e pelos toicinhos pendurados no fumeiro, com os tijolos do chão desgastados pelas pancadas do machado de lenha, onde a dona de casa permanecia de cócoras, debruçada sobre gamelas e peneiras, ou em pé, socando o pilão. Embora algumas donas de casa já tivessem fogão a gás, sinal de bom gosto e prestígio da família, este permanecia encostado, enquanto, no uso diário, acendia-se o fogão à lenha ou a carvão, chamado de “econômico”, para o preparo de refeições mais elaboradas, e a espiriteira, para fazer comidas rápidas e para esquentar água.
          Para limpeza das panelas, frigideira de ferro, pedra, barro, cobre e, modernamente, alumínio, consideradas mais econômicas e higiênicas, utilizava-se sabão feito em casa com uma mistura de cinzas e folha de pau de pita. As panelas eram areadas com areia, cacos de telha reduzidos a pó e batatinhas. Para ficar brilhantes, deveriam ser postas para secar ao sol no jirau.

 (Na pintura, vemos o forno, pote de barro, pilão, fogão à lenha e em cima do fogão o fumeiro).
Torrador de café doméstico (fotos de Ângelo Zucconi - Coleção do autor)

            
Moedor de café Coador de café e bule.
           Os ferros de esquentamento indireto eram conhecidos por ferro de estufa (ferros maciços): vários deles eram esquentados em um fogareiro ou na chapa do fogão a lenha. À medida que um era usado os outros ficavam esquentando. Os ferros a brasa (carvão) tiveram grande presença nos últimos séculos, dos mais simples aos mais sofisticados. Os ferros a carvão sem pescoço, necessariamente dotados de aberturas laterais e traseiras chamadas furos (os de sete furos são os mais comuns hoje em dia ainda fabricados), para a indispensável ventilação, são anteriores aos ferros com pescoço. Na Europa, os furos são chamados olhos. O carvão em brasa é colocado abrindo-se a parte superior da tampa em que está fixado o cabo.


7.3.2- Trajes africanos
Alunas: Isabela Andrade, Célia ferreira e Suelem Torquato


1.1. O Traje africano


          A cultura africana influenciou muito sob a formação cultural brasileira, assim como sua vestimenta ainda é muito vista hoje, principalmente por mulheres, que usam vestidos coloridos, jóias e turbantes.
          É importante ressaltar que a moda africana surgiu sob influências de outros lugares como o Egito, Oriente Médio, e com suas próprias adaptações obtiveram suas roupas que hoje faz muito sucesso em passarelas e lojas.

1.2- Roupas femininas.


          As roupas africanas femininas costumam ser uma canga amarrada sob seu corpo, o tecido tem cores vivas e alguns deles estampas étnicas o que ressalta mais o corpo das mulheres e seu estilo único. No entanto, antigamente escravas usavam vestido ou saia feita de panos amarrados ou mal costurados, de cores neutras que se acabavam conforme trabalhavam e com pouquíssimos acessórios, e apenas um turbante baixo. 
                       

1.3- Vestimenta masculina.


          As roupas usadas pelos homens africanos eram bem simples, uma camisa de manga cumprida branco tecido fino e encardido causado pelo trabalho escravo, sua calça era branca e larga que ia até o tornozelo ou ficava mais acima, mas alguns homens usavam apenas a calça ficando assim sem camisa.
          Hoje em dia a influência das roupas africanas masculinas não há tanto como na feminina.
                                                  

1.4.- Jóias e turbantes.


          As jóias e turbantes eram usados tanto em mulheres como em homens, mas as mulheres predominavam, elas usam muitas pulseiras, colares, brincos grandes e chamativos. E que eram criadas com coisas da natureza com cascos de tartarugas, pedrinhas e ate mesmo com o próprio tecido.
          Os turbantes usados dependiam muito de classes, pois as mulheres escravas usavam apenas turbantes baixos amarrados sob a cabeça, já as de classes superiores usavam turbantes mais coloridos e altos, não só a classe social, mas também as suas crenças que exigiam o uso do turbante como a candomblé, que era usado por sinal de respeito e proteção aos filhos de santo.
          Mas, hoje em dia não há nada que interfira o uso dos belíssimos turbantes, assim como tem mulheres brancas que usam muito no dia a dia isso nos mostra a grande influência desses povos em nosso meio.


 7.3.3 - Culinária Africana.
ALUNOS: Claire Silva da Cunha
 Gabriel  Fronza
 Victor Manoel Wust
 Rayssa Smaniotto


1-A História da Culinária.
SEGUNDO: KAROL ASSUNÇÃO (2010), (ARTIGO Nª 4).Muitos colonizadores passavam pela África devido às rotas marítimas que ligavam o Oriente ao Ocidente. Sendo assim, a comida típica recebeu influência de diversas partes do mundo, e os uniu aos alimentos já inseridos nos costumes do continente. Sua cultura e culinária se tornaram uma fonte de ingredientes para diversos países do mundo.
Os próprios africanos enriqueciam cada vez mais a culinária na região. Por exemplo, quando alguns escravos sul-africanos retornavam da Inglaterra, ensinavam para seus conterrâneos o que aprenderam. Assim como os africanos que viviam no Oriente no Período Medieval.
O escravo era apresentado aos gêneros brasileiros antes mesmo de deixar a África, recebendo uma ração de feijão, milho, aipim, farinha de mandioca e peixes para a travessia. A base da alimentação escrava não variava de acordo com a função que fosse.


2-      COMIDAS TÍPICAS:
DITO ASSIM POR: KAROL ASSUNÇÃO (2010),(ARTIGO N° 6):
“É muito difícil analisar e separar as verdadeiras comidas tradicionais africanas, já que o país sempre contou com uma enorme dominação de países europeus e asiáticos. Mas a sua cultura na arte de cozinhar está em pratos únicos e deliciosos, como os feitos a partir de alimentos essencialmente particulares de sua cultura local, como os legumes, frutas, carnes e grãos, esses semelhantes à produção no Brasil por serem muito cultivados em regiões tropicais.”
          Os escravos mantinham uma dieta muito próxima à dos vegetarianos, por não terem acesso a quase nenhuma proteína animal. Mandioca, feijão, milho, frutas e peixe. Carne era um item escasso.  Da necessidade de improvisação para alimentarem-se no novo território, que, por sua vez, tinha uma estrutura bem pouco eficaz, surgiu a própria maneira de cozinhar, preparar, improvisar e principalmente reinventar sua arte de cozinhar, pois até mesmo a elite da época, tinha de importar vários gêneros, devido a precariedade de desenvolvimento e produtividade da terra.
          Responsáveis pela alimentação dos senhores brancos, e passaram a adaptar sua arte culinária aos ingredientes da colônia que ali dispunham.
            Na carência de alimentos e ingredientes típicos de sua cultura, improvisavam com os que encontravam aqui. A mandioca, por exemplo, era utilizada quando não tinha o inhame. Na falta das pimentas que utilizavam na África, aproveitavam o azeite-de-dendê, que já conheciam da sua terra.
           Da Culinária Afro-Brasileira é muito comum o uso do caldo dos alimentos, pois ele é um item fundamental no preparo de outros, como por exemplo, sua mistura com a farinha.
           Portanto, tanto os alimentos e ingredientes, quanto tudo que concerne da arte e cultura dos africanos que vieram para o Brasil na época da escravidão africana, durante o período de colonização, foi determinante para “explicar” o desenvolvimento da nossa cozinha brasileira e conseqüentemente a própria gastronomia afro-brasileira. Exercer  quer fosse aos engenhos, nas minas ou na venda.

 
   7.3.4- INSTRUMENTOS MUSICAIS
1°02
Patrick, Lucas Andrade, Kauan e Guilerme
1-      Alguns instrumentos:

1-Afoxé: Idiofone tradicional do Brasil, de origem africana, constituído por uma cabaça rodeada por miçangas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico. O afoxé moderno tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional tornando-se mesmo mais resistente do que as cabaças naturais.
             
2-Berimbau: Instrumento de percussão em forma de arco retesado por um arame e uma pequena cabaça de ressonância, levado de África para o Brasil, onde é muito utilizado na "capoeira", que representa de modo especial. A corda percute-se com uma pequena vara. Era feito com uma vara e um pedaço de fio, muitas vezes colocavam facas nas pontas e era usado como arma por quem o tocava. Esses instrumentos eram usados para os escravos jogarem capoeira. Depois de um tempo que eles começaram a ser usados para outras coisas, até para o samba.
               
3-Conga ou Atabaque: Membranofone muito utilizado nos ritmos do Caribe e no   Candomblé. É um tambor alto com sonoridade grave, de altura regulável. Pode ser tocada com os dedos e as mãos. Inicialmente usavam-se quatro atabaques, assim chamados RUN, CONTRA RUN, RUMPI e LÉ, segundo a uma ordem descrescente de seu tamanho. O couro para percussão era preparado com a pele dos animais sacrificados nas oferendas aos Orixás. O RUN  é o maior dos atabaques, chegando , às vezes ao comprimento de 2 metros, medindo o  LÉ,  o menor , 30 à 40 cm.   

                   
4-Reco-reco: Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de raspagem, dentro do grande grupo dos instrumentos de percussão. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem cordes ou saliências, produzindo-se
                           

7.3.5- Religiões de Matriz Africana

  
“Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo o ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
                              (Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos).

          Durante muito tempo e até hoje percebemos a falta de conhecimento da nossa própria cultura referente à Religião Africana. “Convivemos com “uma” guerra santa”, com as religiões atuantes que acreditam e repassam aos seus fiéis que somente as suas crenças são as verdadeiras e únicas.
          Ao tratar da divergência de que o candomblé e a umbanda são conceituados como seitas e não religião, transmitindo ideias negativas de maldade e satanismo.
           Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que as escolas ofereçam obrigatoriamente o ensino religioso para crianças. No entanto, a disciplina é facultativa, e os alunos só participam se eles (ou seus responsáveis) manifestarem interesse.
"Pode-se falar da história e dos valores das religiões em aulas de história e filosofia, sem privilegiar nenhuma delas. Mas ensino religioso é aprimoramento em determinada fé. Claro que a CNBB quer que todo mundo tenha aula da religião católica, mas admite que possam existir pessoas que queiram religiões africanas, das evangélicas, do judaísmo."
                                                                                           (Túlio Vianna, professor da faculdade de direito da UFMG).
          A escola não pode defender ou converter a uma só causa e religião, mas infelizmente nossas escolas possuem uma ação pedagógica que desvaloriza a diversidade religiosa e  muitas vezes,não possui o conhecimento sobre a importância da religião na vida do aluno.
          Tudo que envolve em torno das religiões de matriz africana em seus espaços “terreiros” é denominado aprendizagem e principalmente quando existe uma escola dentro desses terreiros, tudo é ensinado com a natureza e de forma planejada com um processo contínuo. O desenvolvimento da educação e aprendizagem é regado de mistérios, segredos e ritos, os seus conteúdos são transmitidos de forma oral de geração a geração, sem perder a raiz do povo e da ancestralidade mais com fundamentação na educação do homem branco e seus componentes curriculares.

O Brasil é um estado “Laico” devido a sua Diversidade Religiosa.

          Estado laico significa um país ou nação com uma posição neutra no campo religioso. Também conhecido como Estado secular, o Estado laico tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião, defendendo  a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais. STF Supremo Tribunal Federal aprova a Lei que permite promoção de crenças no ensino religioso em escolas públicas.
           A Lei foi aprovada dia 27/09/2017.

7.3.6-HISTÓRIA DAS RELIGIÕES AFICANA NO BRASIL.
         A terceira matriz religiosa introduzida no Brasil foi a matriz africana, que trouxe nos navios negreiros, os negros  escravizados, a crença nos orixás e também, alguns traços de influência da religião islâmica,entre outras formas de religiosidade praticadas na África.
Segundo o pensador brasileiro Gilberto Freyre (2001), a nossa herança cultural e
orixás, e também numa série de elementos da linguagem, da alimentação, dos hábitos e das crenças.
De acordo com Kavinajé (2009), o que chamamos de religião de matriz africana, mais  propriamente dita, é o Candomblé e a Umbanda .Os bantos, depois de um primeiro período de autonomia religiosa, que se conhece através de documentos históricos, assistiram à transformação de seus cultos. Por um lado, esses deram lugar à macumba; por outro, amoldaram-se às regras dos candomblés nagôs, não se distinguindo deles senão por uma maior tolerância. Os cultos bantos em gradativo declínio acolheram os espíritos dos índios, o que iria levar ao surgimento de um "candomblé de cablocos", e adotaram cantos em língua portuguesa, ao passo que os candomblés nagôs só usam cantos em língua africana.
        Importante salientar que os terreiros de Candomblé e Umbanda além de ser o lugar
Sagrado das religiões de matriz Africana é também palco de resistência social e política, bem como local de afirmação e reafirmação da identidade e das crenças dos povos trazidos como escravos para o Brasil.

1-      CANDOMBLÊ: Religião africana trazida ao Brasil pelos africanos, durante o período escravocrata. Seguem as leis da natureza, que tem como divindades os Orixás, estes que cuidam equilibram as energias de nossa existência.
2-      UMBANDA: Religião Brasileira criada através da mistura dos cultos africanos e do catolicismo. Segue os princípios da fraternidade e da caridade, sob as leis da natureza e do plano espiritual.
3-      MACUMBA: Nada mais é que uma árvore africana e também um instrumento musical utilizado em rituais afro-brasileiros.
        
 7.4- 10 Fotografias Raras Tiradas de Escravos Brasileiros.

Esta publicação é uma pérola, umas verdadeiras raridades crêem que todos os brasileiros deveriam ter conhecimento disso. Quando estudamos a escravidão no ambiente escolar não estamos habituados a ver imagens reais de escravos do Brasil. A fotografia é um elemento que aproxima o leitor da realidade, e por conta disso, é muito importante estabelecer este tipo de contato na hora de aprender sobre algum tema. Uma vez que o Imperador Pedro II era um entusiasta da fotografia, o Brasil se tornou um ambiente favorável à prática da fotografia muito cedoDurante a segunda metade do século XIX diversos fotógrafos, alguns patrocinados pela Coroa, fizeram valiosos registros da realidade vivida no país. 
As imagens abaixo são do acervo do Instituto Moreira Salles, algumas delas foram feitas há mais de 150 anos. A qualidade do material, tanto no sentido gráfico quanto em detalhes de comentários nas suas legendas, impressiona e aproxima aqueles que querem entender o cenário escravocrata brasileiro.
Elas datam entre 1860 e 1885, período em que movimento abolicionista tomou maiores proporções. São registros muitas vezes idealizados, de tom artístico, se assemelhando às pinturas da época. Diferente de alguns casos de propaganda abolicionista nos Estados Unidos, o objetivo dessas fotos não é denunciar barbaridades.

Durante a segunda metade do século XIX diversos fotógrafos, alguns patrocinados pela Coroa, fizeram valiosos registros da realidade vivida no país. 
As imagens abaixo são do acervo do Instituto Moreira Salles, algumas delas foram feitas há mais de 150 anos. A qualidade do material, tanto no sentido gráfico quanto em detalhes de comentários nas suas legendas, impressiona e aproxima aqueles que querem entender o cenário escravocrata brasileiro.
Elas datam entre 1860 e 1885, período em que movimento abolicionista tomou maiores proporções. São registros muitas vezes idealizados, de tom artístico, se assemelhando às pinturas da época. Diferente de alguns casos de propaganda abolicionista nos Estados Unidos, o objetivo dessas fotos não é denunciar barbaridades.


8- METODOLOGIA


ü  O desenvolvimento do projeto estará em consonância com os blocos temáticos citados e será feito de acordo com as necessidades da turma e a realidade local, estabelecendo o problema e a proposta de conteúdo para a classe.
ü   O tema será desenvolvido na sala de aula por meio de atividades para a sua exploração, sistematização e para a conclusão dos trabalhos.
ü   Os alunos deverão realizar pesquisas e entrevistas referentes ao legado deixado pelos afro-brasileiros na culinária, religião, costumes, danças, música, literatura entre outras contribuições;
ü  Será realizado um desfile com a escolha da Estudante afro descendente da EEB Marcos Konder;
ü  Apresentação dos trabalhos: culinária, vestimenta, música, instrumentos musicais.


9- CRONOGRAMA

Será realizada nas dependências da EEB Marcos Konder uma Amostra em homenagem ao “Dia da Consciência Negra”.

1°- Elaboração do Logotipo do Projeto:
  2°- Elaboração do Convite e Programação:


                            CONVITE

A EEB Marcos Konder convida todos da comunidade para participar do Projeto “consciência Negra”, que os alunos do 1° ano (102) do ensino médio realizarão.
Local: EEB Marcos Konder
Data: 20 e 21 de novembro de 2017
Horário: 09h00min ás 21h00min

                      PROGRAMAÇÃO:

 09h00min - Abertura Oficial do Projeto “Consciência Negra”.
 Apresentação dos alunos responsáveis pelo projeto.
 Recitação da poesia “Navio Negreiro”
 Visitação a Exposição dos Trabalhos;
19: h00min – Desfile e escolha da “Estudante Afrodescendente”  representante da EEB Marcos Konder.
21/11/2017 – Apresentação do Projeto na EEB Honório Miranda - Gaspar



3°- Organização do projeto como:
1-      Pesquisa
2-      Coleta de materiais
3-      Apresentação do Projeto na EEB Marcos Konder
4-      Apresentação do Projeto na EEB Honório Miranda - Gaspar

10-ATIVIDADES


 Amostra de trabalhos
 Recitação de poesia.
 Exposição de fotos sobre os Escravos.
 Apresentação de roupas típicas africanas;
 Confecção de instrumentos musicais.
 Escolha da Estudante afrodescendente.
 Apresentação dos trabalhos na EEB Honório Miranda - Gaspar

11- AVALIAÇÃO

          A avaliação do Projeto Dia da Consciência Negra Ensino Médio acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades e será desenvolvido o projeto no pátio da escola, com exposição dos trabalhos artísticos e pesquisas realizadas durante as aulas estipuladas para a realização dos trabalhos, bem como uma apresentação da poesia “Navio Negreiro” de Castro Alves e desfile com a escolha da “Estudante Afrodescendente” da EEB Marcos Konder.


    12- ANEXOS

13 – RESULTADOS

          No decorrer das atividades podemos perceber interesse por parte dos alunos como: pesquisas, a busca pelos objetos necessários para a exposição dos trabalhos, como também as dúvidas que foram recorrentes referentes as leis,cotas,direitos como a forte influência na música,religiosidade,culinária como algumas palavras africanas que foram incorporadas em nosso dicionário.
Faz-se necessário complementar a formação dos alunos e professores da rede pública de ensino.
 A Lei 10.639/03 poderá tornar-se esquecida se os professores não se inteirarem de uma releitura sobre nosso passado, as influências  culturais trazidas pelos escravos ,adequada, técnicas e recursos pedagógicos referentes à História da África e cultura afro brasileira. A escola precisa se comprometer com a educação de qualidade, pois estará preparando seus alunos para a pesquisa, a oratória e noções de cidadania para o respeito com os negros.
 Ações bem planejadas são essenciais para melhorar o trabalho docente e elevar a qualidade das aulas, motivando nossos alunos para a leitura, conhecer nossa história entender a importância dos “escravos”, para a formação na educação básica.
O projeto de extensão “Africanidade” atingiu seu objetivo, com a participação e organização dos alunos.



14-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÁFRICAS diversas:Culinária e Vestimenta Africanas. 2011. Disponível em: <http://africasdiversas.blogspot.com.br/2011/11/culinaria-e-vestimenta-africanas.html>. Acesso em: 02 nov. 2017.
ÁFRICA: cultura. 2010. Disponível em: <http://ingles-ev.blogspot.com.br/2010/05>. Acesso em: 02 nov. 2017.
Alencastro,Luis Felipe.O  navio dos viventes.formação do Brasilno Atlântico Sul.são Paulo:Cia das Letras.2000.
BRASIL. Constituição Federal (1988). Brasília. 1988.
BRASIL, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Relatório de Gestão 2003-2006. Brasília. 2006. p. 76.
GOMES, Nilma. Educação e Relações Raciais. In: MUNANGA, Kabengele.[Org.].
Superando o racismo na escola. 2. ed. Brasília, MEC/SECAD, 2008.
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)- A Lei nº 10.639/2003 acrescentou à dois artigos: 26-A e 79-B. estabelece o ensino sobre cultura e história afro-brasileiras.
Matos.Regiane Augusto de.História e cultura afro brasileira/Regiane Augusto de Matos.2º ed..1ºreimpressão – são Paulo: Contexto2012.
Oliveira,Maria Inês Côrtes.Quem eram os negros da Guiné? Origem dos Africanos na Bahia.Afro-Ásia.São Paulo n} 19-20,1977.
Vasconcelos,José Antônio.Reflexões:filosofia e cotidiano: filosofia do ensino médio.volume único/José antônio vasconcelos-1ed-São Paulo:Edições SM,2016- (reflexões:filosofia e cotidiano).